ITÁLIA - Dia 03: Cinque Terre - Siena

Ficamos encantados com Cinque Terre e pensamos que fazer o passeio de barco nos daria uma visão estupenda dos vilarejos, já que poderíamos ver de outro ângulo e fazer novas fotos fantásticas. Tomamos um bom café da manhã, e fomos nos informar melhor sobre o passeio de barco e horários da van. Demos muita sorte, pois na recepção estava trabalhando uma italiana que havia morado no Brasil por dois anos e falava relativamente bem português.

Como tínhamos que deixar o hotel até o meio-dia, fizemos o check-out e carregamos o carro com nossa bagagem. Aproveitamos o serviço da van no período que ainda nos restava de estadia e fomos até ao porto de onde partem os barcos turísticos (battello). Compramos um passe que dá direito a subir e descer em cada um dos vilarejos e ainda parava em Portovenere (lê-se 'portovênere'). Para cada desembarque poderíamos tomar o barco seguinte que passava a cada 30 minutos. Mas existia uma "janela" no horário do almoço, o que nos fez calcular onde passaríamos mais tempo. Por fim decidimos que iríamos descer em Portovenere e depois seguir direto até Vernazza, que seria o penúltimo vilarejo do trajeto. No dia anterior elegemos Vernazza como a mais convidativa das Cinque Terre e ficamos loucos para aproveitar a praia de lá. De Vernazza pegaríamos o trem de volta a La Spezia. Pagamos cerca de 25 euros por pessoa que valeram muito a pena. O trecho completo (La Spezia-Monterosso) leva cerca de 2h15.

Chegando em Portovenere, vista do barco...


Portovenere
Portovenere
Então a primeira parada foi Portovenere, cidade que não é considerada uma das Cinque Terre, mas que vale muito a pena conhecer. Tem um visual lindo e bastante peculiar. Caminhamos e exploramos ruelas, conhecemos uma capela, sempre de olho no relógio, no horário do próximo barco lá fomos nós seguir viagem.

Passamos por Riomaggiore, Manarola e Corniglia sem descer do barco, apenas aproveitando a vista fantástica e fotografando muito. Descemos em Vernazza e curtimos um delicioso banho de mar no Mediterrâneo. Foi especial. Depois de aproveitar um bocado, fizemos um lanche e fomos para a estação de trem, pegar o caminho de volta.
Curtindo uma prainha em Vernazza
Quando chegamos na estação de trem de La Spezia, pegamos um taxi até o hotel. Aproveitamos os banheiros da recepção pra trocar de roupa e seguimos viagem de carro até Siena... ou perto de lá...
Seguimos de carro e o GPS (a Gabriela) nos levou até nosso hotel que ficava a cerca de 8 km de Siena, próximo a um pequeno vilarejo, mas localizado exatamente no meio do nada. E que céu estrelado podia ser visto do terraço do hotel! Reservamos o novíssimo Montaperti Hotel (4 estrelas) pelo site Destinia.com, e pagamos 60 euros a diária, com café da manhã, berço e claro, estacionamento aberto e gratuito. Ali seria nossa sede pra percorrer a região da Toscana.
Percorremos cerca de 215 km de carro, optando pelas rodovias principais e pedagiadas pra ganhar tempo. No trajeto passamos bem próximos de Florença, e a tentação de visitar "Firenze" foi grande durante vários dias. Afinal, a cidade é belíssima e cheia de atrativos.

Nos instalamos no hotel, pedimos como de praxe alguns panfletos com informações turísticas da região e mapas. Pedimos dicas de algum supermercado próximo e o moço da recepção nos indicou um hipermercado em Siena. Pedimos ajuda pra "Gabriela" e o GPS nos levou a um paraíso do consumo, onde compramos comidas e bebidas pra consumir no hotel e nos passeios. Voltamos ao hotel e e fomos planejar detalhes do dia seguinte. Muita coisa pra conhecer em tão poucos dias...

ITÁLIA - Dia 02: Cinque Terre

Acordamos em tempo de tomar o café antes de pegarmos a van que já havíamos reservado na noite anterior. Tomamos mais algumas informações sobre como "funciona" Cinque Terre. Fizemos nossa mochila para passarmos o dia na rua e lá fomos nós.
Cinque Terre corresponde a uma região muito pequena da Itália na margem do Mar Mediterrâneo, onde estão localizados cinco povoadinhos no terreno super acidentado da região. O acesso de carro é difícil e existem três maneiras mais indicadas de percorrer a região: seguindo de trem, de barco ou a pé. A distância de trem entre alguns destes povoadinhos às vezes duram 3 ou 4 minutos, mas há trajetos que a pé podem levar até 2 ou 3 horas. Alguns trechos são de caminho calçado, outros de trilhas mais rústicas. O Parque Nacional de Cinque Terre foi considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Daí, imagina só o lugar...


Decidimos ir de trem. Compramos um passe que valia para todo o dia, podendo subir e descer quantas vezes quiser. Pagamos algo em torno de 8 euros e achamos que vale mais a pena do que comprar cada trecho separado ao longo do dia (poupa tempo). A linha de trem é de La Spezia a Gênova. Na plataforma de embarque nos perguntávamos qual o melhor lado do trem para sentar pra poder ver o mar da janela. Enquanto filosofávamos, uma mulher brasileira se aproximou e começou a conversar conosco. Ela morava na Itália há uns 17 anos e estava passando o dia com o marido italiano. Acho que aproveitou pra matar a saudade de falar português conosco. Ela morava em Arezzo, uma cidade que estava sendo cotada pra finalizar nossa viagem. Ao perguntarmos pra ela se ela achava mais interessante irmos pra Arezzo ou Cortona, ela ficou meio dividida - então resolvemos ir pra Cortona (pois se ela que morava em Arezzo não defendeu a cidade...). Cortona é a cidade onde se passa a história do livro e filme Sob o Sol da Toscana. Mas isso era futuro.


O marido dela decidiu sentar do lado direito do trem, mas achei que não era esse o melhor lugar, então sentamos do esquerdo. (O trem parte em direção ao lado esquerdo em relação à entrada da estação de trem). Ao longo da viagem, demos sorte: o mar estava do nosso lado. Não que se veja muito mar ao longo do caminho, pois boa parte do percurso é por túneis. Nossa estratégia foi seguir até a última vila, Monterosso del Mare, e depois ir parando uma a uma no percurso de volta. Nos informamos sobre os trajetos a pé e nos recomendaram fazer apenas o último trecho Manarola-Rio Maggiore, a chamada Via Del Amore, já que estávamos acompanhados de um bebê.
Praia de Monterosso

Clima de verão! Demos um mergulho em Monterosso del Mare, a "Terre" por onde começamos nosso dia, pra refrescar tanto calor. A praia de pedrinhas maltratou os pés (leve chinelos). Praia lotada, não conseguimos espaço sequer para os três se sentarem, daí nos revezamos em pé fazendo sombra pro bebê...

Próxima parada foi em Vernazza, talvez o vilarejo que mais curtimos. Caminhamos bastante por lá, subimos no mirante do Castello Doria, de onde se tem uma vista linda, tanto do litoral recortado quanto da própria Vernazza. Por ali almoçamos, saboreamos um belo sorvete e continuamos nosso passeio.
Vernazza vista do mirante.
Vernazza é uma lindeza...


O próximo vilarejo foi Corniglia, é o de mais difícil acesso, uma escadaria infinita pra chegar até lá! Subimos todos os degraus da escadaria entre a estação de trem e o povoado. Na volta descobrimos que há um ônibus que leva o povo neste trajeto. Quase morri para subir carregando nosso filhote amarrado nas costas no sling. Foram 382 degraus. É o único dos cinco povoados onde o barco não não faz parada.
Depois de descer todos os degraus novamente, o que foi bem mais fácil, seguimos de trem para Manarola. Batemos uma perninha básica pela cidade, pois ainda seguiríamos a pé para o próximo vilarejo.

Manarola

A caminhada na Via Del Amore, depois de ter perambulado pelos quatro primeiros vilarejos, foi deliciosa e super tranquila. É uma calçada deliciosa de se passear... o sol se punha e a gente curtia muito toda aquela paisagem. Para andar na via é preciso pagar, mas como tínhamos o passe turístico do trem, apresentamos o bilhete e passamos sem pagar mais nada. Um casal foi barrado na bilheteria no início da via e teve que desembolsar (não lembro quanto - mais uma vantagem do passe livre de trem).
Via del Amore.

Um dia é suficiente pra conhecer as cinco cidades, mas é preciso se organizar. Como existe uma tabelinha com os horários dos trens, você pode programar quanto tempo gastará em cada lugar. Tem muita gente que vai veranear na região, mas os preços de pousadas e restaurantes não são tão suaves assim... 

Tempo de trem entre as vilas:
La Spezia - Riomaggiore - 10 min.
Riomaggiore - Manarola - 2 min.
Manarola - Corniglia - 4 min.
Corniglia - Vernazza - 5 min.
Vernazza - Monterosso - 5 min.
Perambular pelas ruelas dos povoados é fascinante. Mas prepare suas pernas: subidas e descidas e muitas escadas o esperam.

ITÁLIA - Dia 01: Paris - La Spezia

Há muito tempo que pretendíamos fazer uma viagem de carro pela região da Toscana, na Itália. Finalmente conseguimos e de quebra resolvemos ampliar nosso roteiro para outras cidades de regiões vizinhas, a Ligúria e a Úmbria. Já ouviu falar destes nomes? Até começar a definir o roteiro, nós não. Mas depois descobrimos que a Toscana é uma região linda... próxima de outras regiões igualmente lindas... ou mais. Será?

Nossa viagem começou em Paris, onde morávamos na época. Essa foi nossa última viagem antes de retornar ao Brasil, depois de morarmos por 11 meses em Paris e já termos viajado por outros sete países. Ganhamos alguma experiência em viagens de avião internas na Europa e em viagens de carro pelo velho mundo. Era nossa viagem de despedida. Era início do verão, época em que os campos de girassóis estão floridos. Época em que os dias são mais longos. Época em que sentar à sombra de uma árvore e ouvir o barulho do vento entre as folhas nos faz relaxar numa preguiça boa em um piquenique pelo interior. Época em o mar Mediterrâneo se torna possível de ser adentrado para um banho bom.

Decidimos iniciar e finalizar nossa viagem área por Pisa. Esse era o destino mais próximo que a empresa aérea EasyJet oferecia saindo de Paris para iniciarmos nossa viagem de carro. Pisa já havíamos conhecido quando mochilamos em 2001 pela Europa. Na época, paramos por duas horas na cidade quando vínhamos de trem de Barcelona à Florença (Firenze). Como a diária do Europass permitia trocas de trem sem gastos adicionais, aproveitamos e fomos a pé da estação de trem até os monumentos mais conhecidos, especialmente para ver a Torre inclinada. Em duas horas, conseguimos percorrer o centro antigo e visitar externamente os monumentos. Já tínhamos a sensação de ter estado lá. Pisa era a princípio nossa porta de chegada e saída, e se desse, visitaríamos no final. Nesta mesma viagem de 2001, visitamos também Florença, Roma e Veneza. Fizemos um troca de trem em Milão que nos permitiu passar 6 horas de madrugada na cidade (maior furada: imaginávamos uma cidade viva durante a noite mas não encontramos nenhum lugar aberto pra nos refugiarmos - conclusão, revezamos coxilos sentados num ponto de ônibus, pois até a estação de trem fechou durante um período da madrugada o que nos impossibilitou de entrar novamente pra dormir).

Nesta viagem, queríamos percorrer estradinhas bucólicas de carro e por isso decidimos evitar cidades grandes (e complicadíssimas de dirigir e terríveis de se estacionar). Por isso elegemos os povoados e cidades de menor porte, e mesmo assim, procurando hotéis mais afastados ou periféricos pois em alguns lugares é proibida a entrada de carros, e como não gostaríamos de ficar carregando malas (além da "malinha" de nosso bebê que na época tinha 1 ano e 7 meses...) Fizemos sempre opções de hotéis com estacionamento. Se isso significasse alguns quilômetros de distância, não seria problema para nós.

Aterrissando na Itália

Escolhemos um horário que tivesse bom preço e que nos permitisse chegar em horários convenientes para pegarmos o carro que já havíamos reservado na Sicily By Car. Em Pisa, quando se chega ao aeroporto, é necessário seguir até um outro pavilhão onde se encontram todas as locadoras de veículos (várias empresas mesmo). Dá pra ir a pé ou tomar um ônibus gratuito que fica circulando. O trajeto é realmente pequeno, tanto que perdemos o ônibus e resolvemos ir a pé. A comunicação no guichê do carro foi em inglês. Pegamos o GPS com a opção de idioma "português do Brasil" e na voz feminina fomos com "Gabriela" circulando Itália à fora. Estranhei que no formulário do Peugeot 107 não constava nem a quilometragem já percorrida e nem a sinalização de riscos na lataria. Daí questionamos e o cara disse que não precisava. Achamos muuuito estranho. Encontramos o azulzinho no estacionamento e depois de carregarmos a bagagem, instalarmos a cadeirinha do Joaquim e sentarmos dentro do veículo é que entendemos o italianinho: o carro marcava 6 km. Sim, um carro zero quilômetros pra nossa aventura!! Uhuuuuuuu!!!

Seguimos empolgados até nosso primeiro hotel na cidade de La Spezia, região da Lígúria, há 80 km de Pisa. Em La Spezia não queríamos nada além do pouso. Nosso objetivo era firmar ali nossa base, deixar o carro em segurança e seguir de trem, no dia seguinte, para Cinque Terre.

A viagem foi tranquila. No caminho, em certo momento do final da tarde, vimos algumas montanhas "nevadas". Eram altas, lindas, com a "neve" seguindo do alto até o chão. Estranhamos porém, pois estávamos mais ou menos ao nível do mar e em pleno verão. Que diacho de neve era essa que seguia até o chão mas numa região que não estava fria? Em seguida passamos por um placa que indicava: Carrara. Rimos de nossa "ilusão" e ficamos fascinados com a visão das montanhas de mármore.

Chegamos ao Hotel Ghironi (4 estrelas) que possui um estacionamento aberto. Ele fica distante da estação de trem e de barco, mas oferece um serviço gratuito de transfer com várias opções de horários (era preciso se inscrever pra reservar o horário na van, tanto pra ir quanto para voltar).
Fizemos a reserva de duas noites pelo Booking.com. Pagamos tarifas diferentes, um dia 109 euros e no outro 99, incluido café da manhã, berço e o estacionamento (há hotéis na Europa que cobram pelo estacionamento).

Já vinhamos planejando esta viagem para ser realizada há cerca de três meses, mas devido a um problema com passaporte tivemos que cancelá-la. A maior parte do roteiro foi mantido. O que realmente mudou foi o começo e fim da viagem. Havíamos planejado chegar na Itália por Milão, pois o preço da passagem naqueles dias compensava, mas principalmente por que da Itália seguiríamos para a Grécia, e de Milão havia vôos para Atenas. Como retiraríamos e devolveríamos o carro no mesmo aeroporto, Milão se tornou a opção. Daí nossa cidade de base para Cinque Terre seria Rapallo (cerca de 160km de Milão - de Milão a La Spezia são cerca de 220 km). Rapallo fica no outro lado de Cinque Terre (entre Gênova e Cinque Terre), utiliza a mesma linha de trem e parece ser uma cidadezinha bem bonita.

Amsterdam e bêbes


Um dos primeiros destinos que nos ocorreu desde que chegamos para esta temporada na Europa foi Amsterdam. Porque dá pra ir de trem a partir de Paris, porque pode ser uma viagem curta, etc. Mas depois de algumas tentativas para encontrar passagens baratas de trem fomos desanimando e acabávamos sempre escolhendo outro destino. Até que um dia resolvemos comprar as passagens, com muita antecedência, e ainda assim de avião, que acabou sendo mais barato.


Apesar da grande vontade de conhecer a capital holandesa, infelizmente, nossa experiência não foi das mais agradáveis... pegamos tempo feio mesmo sendo final de primavera, com céu cinzento, muito vento frio e chuva fina. Além disso sofremos um choque enorme com o ritmo tão diferente que a cidade tem se comparada a Paris - foi muito estranho pra nós um mundo onde a preferência é das bicicletas e crianças não tem espaço. Então, entre prós e contras, aí vão nossas impressões:

Amsterdam é uma cidade linda, com seu casario típico, seus 120 canais e suas 1.200 pontes. Não é uma cidade muito grande, podendo ser percorrida em grande parte a pé - dependendo da resistência de cada um. Tem um transporte público caro (2,60 euros o passe de "tram" - bonde). Achamos todos os hotéis caros, comparável aos preços de Paris. Já no supermercado notamos uma diferença maior, sendo mais barato vários produtos lá. Se comparamos os preços de museus, Amsterdam é mais caro, na média, do que Paris.

A belíssima estação de trens


Embora relativamente próxima de Paris, a viagem pra lá não é tão baratinha quanto às vezes se pensa. Existem 3 maneiras de realizar este trecho: trem (mais "tradicional", de média duração mas não necessariamente a mais barata); avião (que dependendo pode ser mais em conta, mas há que se lembrar que os aeroportos ficam fora dos centros o que exige um tempo de deslocamento e este gasto extra) e de ônius, a opção mais barata que leva uma média de 8h viajadas à noite. Nossa opção foi avião: menos tempo de duração em um ambiente único, já que nosso bebezão tem ficado mais agitado nas viagens.

Em Amsterdam o inglês é quase a segunda língua oficial, falada em todos lugares. Conseguimos também nos virar com o francês, embora as pessoas sempre nos respondessem que falam apenas um pouquinho. Mas foi o suficiente pra nos ajudar.


Casa Barco

Nós tivemos muita dificuldade para relaxar ao andar por Amsterdam. Com uma frota de 550.000 bicicletas (sim, 550.000 - foi o que o guia no passeio de barco disse), existem bicicletas estacionadas por toda parte, o que significa que em algumas calçadas às vezes o caminho está obstruído.


Para um adulto caminhando não tem muito problema, mas com um carrinho de bebê a coisa complica. Principalmente se considerar que existem milhares de bicicletas em trânsito o tempo todo. Existem ciclovias mas o predomínio e a liberdade de circulação faz com que as biciletas usem todas as vias existentes - inclusive calçadas. Como deixar uma criança caminhar num ambiente assim? Impossível.

Mesmo no Vondelpark, que ficava a poucos metros do nosso hotel, as bicicletas circulam em alta velocidade e sempre com suas sinetinhas avisando "sai da frente que lá vem gent... que lá vem bicicleta". Em poucas áreas no parque nos sentimos um pouco mais seguros em deixar nosso pequeno caminhar livremente. Somado a isto, na região mais central de Amsterdam não existem praças e parques (não que tenhamos visto). Algumas áreas mais amplas (como calçadões ou places) não são seguras pra deixar criança solta, pois as bicicletas sempre estão a mil por lá. Além disso, os diversos canais também são um risco pra qualquer criança pequena. Por fim, o estresse dos trams (bondes) que fluem velozmente em muitos casos nas mesmas vias que carros e pedestres é de deixar qualquer um que empurre um carrinho em alerta. Sem faixas de segurança suficientes, com trilhos a serem cruzados, com o fluxo dos trams e bicicletas, com os automóveis que optam por fazer atalhos inexplicáveis... ficamos em alerta constante.


Sem poder caminhar sozinho, sem que consigamos carregá-lo no colo ou sling por muito tempo (tá grandão o menino), sentimos que nosso filho ficou refém do carrinho, tivemos a sensação de que ele não era respeitado. Por fim, sentimos mais uma vez este descaso com os bebês quando fomos tomar um tram e a cobradora mandou que desembarcássemos pois as 2 vagas para carrinhos e cadeirantes já estavam ocupadas - 2 vagas num bonde de 5 ou 6 vagões!! E mesmo com meia lotação não pudemos ir e tivemos que aguardar mais 15 minutos no mau tempo até o próximo. Nossa conclusão: Amsterdam não é para bebês e crianças pequenas.


No país das liberdades, o cobrador do "tram" tem uma cabine enorme... mas lugares para carrinhos ou cadeirantes são restringidos a no máximo dois. Direitos e liberdade pra quem?



Mas, uma vez lá, tratamos de aproveitar o que, e como, nos foi possível. Abaixo alguns dos programas que fizemos:


- Passeio de barco - várias empresas fazem passeios turísticos pelos inúmeros canais de Amesterdam. O passeio leva em média 1 hora e foi ótimo começarmos por ele, pois tivemos uma vista geral da cidade - e tudo lá fica nas margens dos canais. Vontade de repetir!!!



Compramos o ticket do barco + museu Van Gogh. Ambos ficaram um pouco mais baratos. Tem opções com mais combinados.


- Museu da Ane Frank - infelizmente não entramos pois a fila estava muito grande e não tinha preferência para bebês, como estamos (mal?) acostumados em Paris . Com o vento frio não quisemos esperar. De qualquer maneira nos informamos e soubemos que a mobilidade com carrinho é limitada, sugerimos usar sling ou canguru pois tem muitas escadas;


- Museu Van Gogh - muito bacana, dá pra ter uma visão geral dos (apenas) 10 anos de trabalho de pintura do artista (5 na Holanda). No museu tem elevador por toda parte, tranquilo pra visitar com carrinho de bebê. Ah, e tem um restaurante no museu, com cadeirão pra bebês!

- Rijksmuseum - é o museu nacional de arte e história da Holanda. Junto com o Museu Van Gogh e o Stedelijk (arte moderna) ele completa o trio da Museumplein, ou praça dos museus. Fizemos uma visita rápida, porque estávamos com o tempo um tanto limitado, mas vale a pena fazer a visita com tempo. O prédio é lindo e o acervo muito interessante. Fizemos a visita com Joaquim no sling, mas com carrinho também rola.

- Vondelpark - O parque é lindo, mas tão cheio de bicicletas quanto as ruas de Amsterdam. Para fugir das bikes tem uns gramados ótimos pra fazer piquenique - ou pelo menos imaginamos que seja, caso o tempo esteja bom ...


Uma das pontes no parque


- Vlooienburg ou antigo bairro judeu - De fácil acesso, é uma viagem no tempo!! Mais tranquilo que o centro, vale a pena se perder por algum tempo vendo vitrines e janelas, pessoas e becos.


- Aluguel de bicicleta - Uma coisa que queríamos muito fazer era alugar bicicletas, mas o mau tempo nos desanimou completmante. No último dia fez sol, mas achamos que ficaria muito corrido por causa da viagem. Existem algumas empresas que alugam bicicletas, inclusive com cadeirinha de bebê. Perguntando no hotel devem saber informar. Vimos também pela cidade uns taxi-bicicleta para até 2 pessoas. Não chegamos a usar, mas nos pareceu uma alternativa de entrar no clima ciclístico da cidade sem se cansar. rsrsrs

- Localização - Escolhemos nosso hotel observando preço e localização. Quanto ao preço, no geral é tudo muito caro, e sobre a localização estudamos o mapa da cidade e pegamos dicas com nossa amiga Ana (do Curious About) que havia passado por lá há pouco tempo. Ficamos numa rua onde tem vários hotéis, há poucos passos do praça dos museus e do parque. A rua paralela, descobrimos no último dia, é A rua das griffes... pra quem gosta, tá do lado. Ficamos exatamente do lado oposto da cidade em relação à estação de trem. Do aeroporto chega sem muita muvuca, pois fica fora do centro apertado de Amsterdam.

Vale do Loire - dia 02

No dia seguinte, voltamos ao Château de Blois para visitação interna. Deixamos o carro na rua, pagamento por parquímetro. Aproveitamos e fomos visitar a Igreja de Saint-Vincent que estava bem tranquila.




Daí seguimos para o castelo, pagamos o ingresso de visitação livre. Eles também possuem visitas guiadas em francês e audioguias em português. O castelo mistura estilos arquitetônicos de diferentes épocas e foi residência de uma porção de reis e rainhas.


Porta de entrada do castelo.





A torre da escada em espiral se destaca no panorama do pátio central. 
Existe um espetáculo de som e luzes apresentado no pátio interno do castelo.





Vista a partir do c
astelo.






Acima a Maison de la Magie, com a estátua do célebre mágico Houdin. Além da visitação existem apresentações de mágica. Não visitamos. É possível comprar ingresso combinado para o castelo e a Casa da Magia.

Decidimos comprar um sanduíche e comer no trajeto até Chambord, pois não sabíamos se encontraríamos perto do castelo algum lugar para comer. Porém, ao chegarmos ao Château de Chambord nos surpreendemos com a estrutura: cafés, restaurantes, pequeno comércio e tem até um hotel logo ao lado do castelo.

O Château de Chambord impressiona logo na chegada. Ele fica dentro de um parque murado, tem estacionamentos que são pagos (3 euros). Oferece visitas guiadas, audioguias e folder em português também. Ingresso a 9,50 euros.



Dentro do parque existem 3 roteiros de trilhas com distâncias diferentes para serem feitos a pé ou de bicicleta. Também há indicação de possibilidade de serem feitos com carrinhos de bebê e cadeira de rodas. Existe uma trilha para se fazer de carro 4x4 e em certas épocas do ano passeios a cavalo. Existem observatórios de pássaros, muitos gramados, aluguel de barco a remo ou elétrico, bicicletas (cadeirinhas de bebês) e carrinhos-bicicleta.

Compramos bilhetes e logo iniciamos a visita livre pelo castelo. Um filme de 20 minutos explica a interessante arquitetura do castelo e sua história (falado em francês, com legendas em francês, inglês, alemão, espanhol).

Andar pelo castelo consiste em visitar cômodos mobiliados, brincar na engenhosa escada dupla em espiral inspirada em projetos de Da Vinci e chegar aos terraços entre as torres. Assistir o filminho ajudou a gente a se localizar no labirinto de quartos e nos andares.


Existe uma exposição de carruagens que estão perfeitamente restauradas.

Por causa de uma chuva que fez o dia ensolarado escurecer, aceleramos o passo e desistimos do passeio de barco.

(Atualização: alguns anos depois, em nossa viagem de bicicleta pelo vale do Loire, passamos pelo Château de Chambord e fizemos uma pausa para descanso e apreciação desta maravilha arquitetônica! Relato completo AQUI)

Estávamos a fim de visitar outros castelos nas redondezas, mas tínhamos que devolver o carro ainda nesta noite. Pensamos em voltar até Chaumont-sur-Loire, Chenonceau, que pelas fotos parece lindo, e Cheverny  ficaram para outra ocasião, porque sempre temos a esperança de voltar!!

Vale à pena dar uma pesquisada antes de definir o roteiro. Definir uma ou duas cidades sede e visitar os arredores é uma boa estratégia. No trecho entre Amboise e Chambord existem cerca de 10 castelos, cada um com suas peculiaridades: arquitetura, atrativos como espetáculos, exposições, museus, jardins, atividades. Alguns castelos estão no coração da cidade, outros mais retirados. Cada um uma surpresa.

Pra quem vai com um bebezão, como nós, para as visitas internas a melhor alternativa é o sling, ou canguru. Normalmente a gente se depara com alguma escada, muitas vezes estreita. Jardins e pátios calçados dão ótimas oportunidades pros bebês que já caminham se exercitarem e descobrirem o mundo. Em todos os castelos, existem tarifas reduzidas para crianças e bebês não pagam. Alguns castelos oferecem audioguias especiais para crianças, outros visitas guiadas interativas, alguns caderninhos de atividades. Tirando as visitas internas, não tivemos dificuldades de andar com o carrinho em nenhuma dos quatro lugares visitados.

Pra aproveitar ainda a viagem de volta a Paris, resolvemos entrar em Orleans, que fica bem no caminho. Programamos o GPS pra pegar estradas não pedagiadas e fomos levados por paisagens e estradas tranquilas. Em Orleans, nos dirigimos ao centro. Visitamos a Place du Martroi, onde está a estátua de Joana d'Arc.

Dali fomos até a Catedral Sainte Croix e quando estávamos chegando na frente, fecharam as portas. Mas tudo bem, da próxima vez a gente entra. Demos a volta observando os detalhes da arquitetura e as gárgulas aterradoras.

(Atualização: Orleans foi a cidade onde iniciamos nossa viagem de bicicleta pelo Vale do Loire, em 2017. Antes de pegarmos as bikes e iniciarmos nossa aventura, fizemos a visita interna na Catedral. Relato sobre o início da aventura AQUI)






Pegamos o carro e seguimos a Paris pela autoroute. Pagamos 12 euros de pedágio e devolvemos o carro por volta de 22h - a AVIS da Gare de Lion fecha à meia-noite...

Vale do Loire - dia 01

Sempre ouvimos falar dos castelos do Vale do Loire (Val de Loire, em francês), normalmente em referências a viagens de um dia ou um final de semana saindo de Paris. Resolvemos então programar uma viagem de ir em um dia e voltar no dia seguinte. Porém nos preparativos, e mais ainda na realização da viagem, descobrimos que o Vale do Loire merece muito mais. Em nossa opinião, merece uma viagem de 7 a 10 dias para ser aproveitado em sua maior expressão. E olha que dá pra passar mais tempo ainda... depende de cada um.

O Vale do rio Loire é o maior sítio da França inscrito pela UNESCO: 280 km de comprimento entre a cidade de Sully-sur-Loire e a cidade de Chalonnes-sur-Loire. Possui inúmeros castelos abertos a visitação, cidades históricas, monumentos, igrejas e opções de interação com a natureza: trilhas para caminhadas, roteiros para turismo de bicicleta, passeios de barco, campings e estacionamentos estruturados para traillers. Nos arrependemos de não programar uma viagem mais longa de carro. Achamos que este trajeto equivale aos roteiros de carro pela Provence, na França; pela Andaluzia, Espanha ou pela Toscana, na Itália. Mas, voilá, ficará pra próxima.

(Atualização: em 2017 fizemos uma viagem de bicicleta pelo Vale do Loire!!! Foi lindo ver de outro ponto de vista! Relato completo no marcador Loire à vélo).

Saímos de Paris de carro, pouco antes do meio-dia. Em 2h15 estávamos em Amboise, nosso destino mais afastado de Paris. Fomos pela autoroute, estradas pedagiadas excelentes, como em toda França (pagamento único de 18,70 euros em pedágio). De trem rápido (TGV) a viagem leva cerca de 1h. De carro teríamos mais flexibilidade de horários e decisão sobre nosso trajeto. Como estávamos em 4 adultos e 1 bebê, resolvemos alugar um carro de porte médio, foi um Clio à diesel, um modelo que não existe no Brasil. Com pouco mais de 8.000 km rodados, estávamos prontos pra ganhar as estradas com nosso sempre fiel GPS. Pagamos cerca de 300 euros pelo aluguel do carro (2 diárias + cadeirinha de bebê + 2 dias de GPS). Carros pequenos são mais baratos, mas considerando a lotação do carro, achamos melhor um carro maior. De combustível gastamos cerca de 47 euros.


Na estrada, vista dos campos tingidos de amarelo e os cataventos gigantes geradores de força eólica.

Em Amboise, deixamos o carro no parking do Château - gratuito. Seguimos a pé pela pequena cidade, muito simpática. Entramos no Château de Amboise e pudemos visitar os jardins, a capela onde está o túmulo de Leonardo da Vinci e o castelo. Pegamos um folder em português (existe em várias línguas). Eles oferecem visitas guiadas em francês e audioguias em várias línguas, inclusive português. É possível visitar tudo com carrinho de bebê, embora dentro do castelo existam duas escadinhas estreitas. O melhor é estar munido de sling, nossa opção pra visita interna. Como não estava muito movimentado o local e os jardins são bem amplos, nosso filho pode correr bastante por lá.
Torre do Relógio no centrinho de Amboise. Souvenirs, boulangeries, cafés e restaurantes.

Vista da capela onde está a tumba de Da Vinci e das muralhas. Lá embaixo um pequneo carrossel no centrinho.


Vista do castelo a partir do jardim. Vista dos telhados da cidade e o rio Loire.


Interior do castelo.

Vista da cidade de Amboise.



Vista do castelo desde a margem do rio Loire.


Não conseguimos visitar o Château du Clos Lucé onde Leonardo da Vinci viveu seus últimos anos e onde há um jardim, parque e exposições. Deixamos Amboise com a sensação de que seria muito legal ficar hospedado ali. A cidade é pequena, muito bonita, passou um ar de tranquilidade muito bacana, com algumas opções de hospedagem e alimentação.


(Atualização: matamos nossa vontade alguns anos depois, em nossa viagem de bicicleta pelo Vale do Loire, quando fizemos uma parada estratégica e inesquecível no último pouso de Leonardo da Vinci! Relato completo AQUI.)

Resolvemos seguir pro hotel que havíamos reservado em Blois. No caminho fomos surpreendidos por um balão (chamados de "montgolfières") que sobrevoava a região. Daí lembramos que um dos atrativos do Loire são os passeios de balonismo que sobrevoam os castelos da região. Em Blois descobrimos um guia com o contato de uma dezena de empresas que prestam este tipo de serviço. Ficamos loucos de vontade de ir, mas é preciso fazer reserva antes. Claro que a realização depende das condições meteorológicas do dia. O programa, pelo que entendemos, corresponde a você acompanhar a preparação (inflar do balão) e o vôo. Alguns oferecem uma taça de champanhe à bordo... hummm. Os preços variam. Vimos valores a partir de 165 euros por cabeça. Alguns fazem preço diferenciados pra pequenos grupos.


Balão sobrevoando o vale - aí na foto o rio Loire, que margeamos de carro por quilômetros.

Outra surpresa que não esperávamos era ver de repente na estrada o Château de Chaumont-sur-Loire. Em nossas pesquisas vimos alguns castelos mais populares, mas in loco entendemos porque essa região é famosa pelos seus castelos! Ficamos extasiados e com muita vontade de explorar mais, mas decidimos que era melhor seguir para Blois. Ficamos de voltar no dia seguinte, mas isso corresponderia a um trecho de ida e volta de 40 km, o que nos fez desistir. Uma pena... Esse vai ficar pra próxima.

(Atualização: em nossa viagem de bicicleta, em 2017, visitamos os jardins deste Château, foi lindo! Relato completo AQUI)


Vista do Châteua de Chaumont-sur-Loire e as casas da cidade na margem do rio Loire.


Chegamos a Blois já no final da tarde, o que nesta época de maio corresponde a 20h... 21h... Vendo o mundo ser tingido de tons dourados e laranjas, resolvemos dar um "oi" pro castelo antes de ir pro hotel. Boa pedida!




Frente do Château Royal de Blois - como já estava fechado, pudemos tirar uma foto sem turistas...




Jardins em frente ao castelo. Vista de uma parte da Maison de la Magie Houdin e da Catedral Saint-Louis.




Vista lateral do castelo.


Silhueta da Igreja Saint-Vicent, ao lado do castelo.


Ficamos no Tour Hotel , simples mas honesto. Ele fica há 4km do centro de Blois, mas tem local pra estacionar o carro, o que neste contexto é uma regalia! Quarto duplo a 65 euros, paga extra pelo berço (10 euros) e 7 euros o café da manhã. Fizemos o check-in e decidimos voltar ao centro pra jantar. Fomos pra Place Louis XII, que fica no pé do castelo, um lugarzinho simpático com cafés e restaurantes e atrativas mesas e poltronas no centro da place - perfeito para uma noite quente de primavera. Os preços das refeições, comidas e bebidas e hotéis equivalem a Paris. Apesar de distante do centro, íamos dormir apenas uma noite e não achamos ruim a localização. No centro de Blois existem várias opções de hotel, mas dificilmente tem estacionamento incluído.

FRANÇA - Dia 12: La Barben

Domingo de sol, preparamos nossa mochila e seguimos para o Château de La Barben. Meia hora por estradas secundárias e nos supreendemos com a quantidade de pessoas e carros que já estavam por lá. Na realidade, a maioria estava no Jardim Zoológico e como nosso objetivo principal era o castelo, seguimos até o estacionamento mais adiante. Lá conseguimos achar vaga facilmente para o carro e fazer nosso piquenique entre árvores ao som do riacho ao lado. Muita gente fazendo piquenique por ali também. Depois guardamos tudo e seguimos ao castelo.



A visita é guiada em francês. A guia percebeu que não éramos franceses e disse que se tivéssemos qualquer dificuldade em compreender que ficássemos à vontade para perguntar ou pedir que ela falasse mais lentamente. O castelo é a residência de uma família e lá eles tem Chambres d’hôte. Fica a dica pra quem quiser morar num castelo por uns dias. A visita percorre vários cômodos mobiliados e conta a história do castelo e de peças que existem lá, falando também dos costumes das diferentes épocas, desde hábitos de banho a utensílios domésticos, peças de tapeçarias a quadros e enciclopédias iluministas. Não é permitido fotografar no interior do castelo. O melhor com bebês é ir de sling, pois alguns cômodos são muito apertados para manobrar carrinhos, considerando a mobília e os demais visitantes.






Depois do castelo pensamos em ir visitar o zoo, mas com o ingresso a 14,50 euros por adulto, considerando nosso ritmo, resolvemos nos largar num gramado e curtir o local.
Na volta, ainda claro, resolvemos dirigir até Rognes, cidadezinha ali perto. Fomos sem pretensões além do prazer de dirigir num dia bonito por estradas da Provence.

Voltamos pra Aix, felizes e cansados, pra fechar as malas e organizar este blog.
No dia seguinte, deixamos o hotel de mala e cuia, devolvemos o carro, e pegamos o trem de volta pra Paris.

Não conseguimos ver campos lilases de lavandas, mas encontramos campos amarelos, inspiradores para parar no meio do caminho e tirar algumas fotos.