ITÁLIA - Dia 9: Cortona - Siena

A noite quente passou e sobrevivemos sem ar condicionado e com uma ventilação super barulhenta. O café da manhã (todo de produtos industrializados, exceto o pão), não foi lá grandes coisas, mas a vista compensou. Sentamos numa mesa no terraço próximo a piscina, onde o restaurante do hotel mantém várias mesas sob um grande toldo que protege do sol e permite desfrutar de um vento refrescante vindo do vale. O dia ensolarado seria quente. Oba!!
 De Cortona voltamos novamente para Siena, cerca de 75 km. Resolvemos pegar um hotel diferente do que o de dias antes, mas que também atendesse nossas exigências (café, berço, estacionamento). Assim fomos pro Sangallo Park Hotel (três estrelas). Ele fica em um bairro de Siena, numa parte nova da cidade, fora das muralhas, numa parte alta, com uma vista não fantástica, mas bonita, vasta, aberta. Chegamos exaustos, acabados. Nossas energias estavam findadas e não tínhamos pretensão de voltar ao centro antigo de Siena. Gostamos muito do hotel, com grande área externa, piscina limpa, recepção ampla, atendentes simpáticos e muito bem treinados que nos atenderam em francês.

Nos instalamos e nos preparamos pra sair. Quando passamos por Siena, queríamos ter ido visitar mais uma cidadela pela qual passamos algumas vezes, mas fomos deixando pra volta, por ser a mais próxima: Monteriggioni. Fomos antes a um supermercado, compramos bebidas e alguma comida, e seguimos nosso passeio. Muitos campos de girassóis, e logo da estrada já se avistava lá no alto nosso destino.

Deixamos o carro num grande estacionamento e percebemos que havia algum evento acontecendo por ali. Um acampamento, alguns trailers, pessoas andando fantasiadas com trajes da Idade Média. Ao chegarmos perto de um dos portões da cidade, vimos uma bilheteria mas ela não estava funcionando. Fomos entrando e então percebemos que estavam ainda organizando a festa que aconteceria ali a noite. A pequena cidadezinha estava virada num parque temático com estrutura pra receber muita gente. A cidade em si está morta. Tivemos realmente a sensação de estar andando em uma cidade cenográfica. Percorremos as poucas ruelas. O lugar ainda sobrevive e é muito bonito - pena ter sido transformado com tantas barraquinhas, caixas de som, palco, etc. Aquele clima não nos animou muito a permanecermos por muito tempo. Deu vontade de vir a noite novamente, mas achamos que seria exigir demais de nosso pecurrucho.



Voltamos ao hotel e caímos na piscina merecidamente. Foi delicioso, tudo o que a gente precisava. Pedimos indicação de algum lugar ali por perto para comer algo e nos indicaram uma pizzaria próxima, frequentado por "italianos legítimos", isto é, não frequentada por pra turistas, logo, pizza para italianos de verdade. Fomos a pé com o carrinho de bebê até a pizzaria indicada, caminhada super agradável. Chegamos lá, maior movimento, parecia mesmo uma pizzaria italiana. Pra nossa surpresa, e ironia do destino, na pizzaria de "nativos" tinha uma grande mesa de turistas barulhentos, faladores, ocupando boa parte do espaço sonoro - adivinha a nacionalidade dos turistas? Brasileiros! Depois de levar vários esbarrões dos espalhafatosos, decidimos não nos confraternizar e ficamos conversando em parte do tempo em francês e quando falávamos português era bem baixinho pra não nos descobrirem e nos "monopolizarem" também rsrsrs.
Vinho da casa: nada mais "local".
Saímos de lá e fomos ao hotel. Última noite na Itália, fim de nossos 11 meses na Europa. O céu estrelado foi um convite a sentarmos na beira da piscina, vendo aquele céuzão, noite de verão, cidade iluminada lá embaixo da colina. Joaquim logo dormiu no carrinho e resolvemos pegar aquele lambrusco que ficou gelando no frigobar do quarto e beber ali, na beira da piscina, sentados nas espreguiçadeiras sobre o gramado. Curtindo a noite, sem pressa, brindando à vida. Noite perfeita pra guardar na memória pra sempre. Nossa última noite na Itália pra deixar ainda mais o gostinho de "quero voltar pra Itália".

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