ITÁLIA - Dia 08: Orvieto - Cortona

Casa Selita e Orvieto nos conquistaram por demais. Se algum dia alguém for para a Itália, siga nossa sugestão. Espero que curtam tanto quando nós esta hospedagem e a cidade (verão, prefira o verão!!). Depois do café da manhã na varanda, ainda fomos de carro a Orvieto (confesso que dirigir por 3 minutos é meio estranho, mas estava muito quente e Aline ainda não estava 100% bem) e fomos visitar alguns lugares da cidade. Orvieto tem muitas opções de lugares pra visitar internamente (museus, igrejas, etc), muitos ligados a história e presença etrusca lá nos antigamentes, ao período medieval e ao Renascimento, claro... Optamos por uma viagem mais externa, então não aproveitamos tudo que Orvieto e as demais cidades oferecem. Mas de Orvieto, havia algumas coisas que precisávamos fazer antes de ir embora. Uma delas era era subir na torre do relógio. Pra alegria geral, tem elevador quase que até ao topo, o que é um luxo em se tratando de monumento para se ter uma vista do alto na Europa.
A vista do alto da torre do relógio é fantástica, se vê toda cidade, em 360º. Pode-se ver o sino de perto... e até pudemos ouvir suas badaladas quando estávamos lá em cima. Altas emoções rsrsr...
O Duomo se destaca na paisagem, gigantesco!
Nos dois dias anteriores, sempre demos uma passadinha pelo Duomo, pois ele é realmente belo em sua decoração exterior. Então pensamos em visitá-lo também internamente, depois de tirar zilhões de fotos de detalhes externos.
Joaquim descansando um pouquinho em uma das portas. Os relevos no bronze são impressionantes.
Que tal observar detalhes como os mosaicos desta coluna? Na foto da porta pode-se ter uma idéia desta conluna no conjunto da fachada. 
Por fim, nos dirigimos ao Duomo e descobrimos que há uma pequena área que é possível visitar sem precisar pagar ingresso. Satisfeitos com essa pequena incursão, já de olho no relógio, decidimos seguir viagem.

Voltamos à Casa Selita em cima do horário pra deixar o quarto. Empacotamos o que ainda faltava rapidamente e carregamos o carro, já iniciando o percurso da volta.
Nosso destino: Cortona. Cerca de 100 km por estrada pedagiada, fluímos super bem até avistarmos no alto a cidade do filme Sob o Sol da Toscana. Tivemos que optar, por falta de tempo, entre Cortona e Arezzo, e depois do papo com a brasileira lá em La Spezia, decidimos Cortona - além de ter toda uma influência do filme, né.


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Optamos novamente por um hotel afastado para ter o carro próximo do hotel. Resolvemos pagar mais caro por um hotel que tivesse piscina pois estava fazendo um calor fantástico de verão. Assim, reservamos pelo Booking.com o Corys Hotel RistoArte (4 estrelas) que pela internet tinha uma vista lindíssima. Ao preço de 90 euros (café e berço), descobrimos decepcionados que o "estacionamento" era na rua, na frente do hotel. O quarto era fantástico, espaçoso, mas o ar condicionado não funcionava direito, o sinal da internet não pegava no quarto e não havia área comum nem de lazer. A piscina? Estava com água verde, a mais suja que já vimos na vida, cheia só pela metade. Inútil. A recepção parecia de um hotelzinho de beira de estrada, com um pequeno balcão e a moça da recepção era também quem fazia o café, ou seja, equipe reduzida ao mínimo... Como podia ser 4 estrelas?? Talvez pelo tamanho do quarto e pelos diversos itens de toalete que tinha de cortesia no banheiro... mas e daí? A gente queria era a piscina...

Seguimos logo para Cortona, aproveitar o dia, comer alguma coisa, pois esse seria nosso único dia lá. Na realidade, voltamos um trecho pois para chegar no hotel, circulamos a cidade por fora das muralhas. Deixamos o carro num dos estacionamentos públicos gratuitos fora das muralhas e entramos pela Porta Bifora Etrusca. Começamos a perambular pelas ruas estreitas empurrando o carrinho de Joaquim e logo chegamos a Via Jannelli, com suas casinhas medievais.

Daí percebemos aos poucos que Cortona é uma cidade inclinada. No alto de uma colina, ela segue subindo, subindo. As ruas que não eram subida, eram inclinadas o que nos deu muita cansaço pra manter o carrinho do filhote em linha reta. Mas esse cansaço veio só no final. Atravessamos a cidade: Piazza del Duomo, Piazza Signorelli, Piazza della Republica e fomos descendo pela Via Nazionale, uma das ruas principais de Cortona. Pensamos em ver a fonte na entrada principal da cidade, mas por fim nem fomos verificar se tinha fonte lá. Resolvemos subir, subir, subir até o Santuário de Santa Margherita. Passamos o Convento Doverelle e quando achamos que já estávamos chegando, continuamos a subir, mais, mais, mais... A vista se tornava cada vez mais linda.
O amarelo são campos de girassóis.
Depois de muito esforço e subida, desistimos, quase lá, de continuar subindo até o Santuário. O acesso só era permitido a pé, então deveria ter outro caminho de carro e poderíamos tentar depois. Resolvemos descer e curtir mais de Cortona. Ao invés de voltarmos pela Via Santa Margherita, resolvemos ir recortando por dentro, nos perder pelas ruelinhas e achar um local pra comer algo.
Quase lá, resolvemos voltar. Via Santa Margherita.
Chegamos a Piaza della Republica e ficamos encantados ao ver a saída dos noivos na escadaria do Palazzo Comunale: a italianada jogando arroz e gritando, nós e vários turistas tirando foto daquela cena de filme.

O sol se punha dourado e quente lavando de luz a Via Nazionale, uma das ruazinhas principais. Decidimos sentar numa mesa ali na calçada, pedir um prato de brusquetas de tipos variados, uma salada e uma boa garrafa de vinho branco muitíssimo gelada. A vida pedia!


Tentamos reconhecer algum cenário do filme mas nada nos vinha na lembrança. Nos dias seguintes, depois de voltarmos a Paris, assistimos o filme e percebemos por que não achávamos nenhuma parte de Cortona familiar: praticamente não aparecem locações da cidade. Algumas poucas cenas que Cortona aparece foram gravadas na mesma piaza Signorelli (e a fonte em que a moça toma banho não existe no local em que aparece... tudo bem, o filme é lindo, mas uma certa frustração bateu, ah, isso bateu.)
Seguimos muito cansados rumo ao carro. O sol se punha mas a beleza que a luz dava a cidade inspirava sempre mais uma e mais uma foto.


Programamos o GPS para verificar um caminho de carro até o alto de Santa Margherita. Depois de nos perdermos um pouco (acabamos entrando na cidade murada ... que aperto. Literalmente.) Um senhor nos explicou o caminho.  Qual foi nossa surpresa quando percebemos que nosso hotel "distante", ficava bem próximo do nosso almejado destino. Chegamos por fim no alto do morro, apressados pra ver o pôr do sol. Brincamos de bolha de sabão com nosso filhão e ficamos extasiados com tanta beleza. Um silêncio enorme, somente nós lá no alto. O mundo era nosso!






4 comentários:

  1. Que post lindo, eu e minha esposa ficamos emocionados com os relatos! Estamos indo para Toscana em Junho! Parabéns pelo Blog, muito inspirador!! Passaremos em Cortona!!!

    ahhh se quiserem nos passar algumas dicas seria ótimo!!!

    Abraço.

    contato@valmor.com.br

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    1. Olá Valmor! Obrigado pela sua visita! Aproveitem muito sua viagem e curtam cada momento, porque a Toscana realmente é de emocionar!!! Se tiver dúvidas ou quiser alguma dica específica é só perguntar! Abraços! Aline e Ismael.

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  2. Estamos indo para visitar toscana e outras cidades em junho ...adorei seus comentarios sobre as cidades...tb pretendemos fazer esse tipo de tour...obrigada pelas informaçoes...

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  3. Obrigada pelas informações. Lindo relato desse pedaço da Toscana. estou indo em maio. Valeu muito. Ademildes

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